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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Óculos de sol: proteção contra os raios ultravioletas

Ao contrário do que se pensa, não é só a pele que fica vulnerável ao sol. Os raios solares também causam doenças oculares
Reprodução
O sol não é apenas vilão do câncer de pele; os raios ultravioletas podem causar também doenças oculares. Uma das mais comuns é o pterígio, ou ‘carne no olho’, como é mais conhecida. A doença atinge principalmente agricultores, pescadores, atletas de verão e pessoas que ficam muito tempo no computador. "Apresar de ser uma lesão benigna que ocorre na superfície do olho, o paciente pode sentir queimação, sensação de corpo estranho, ardência ocular e olhos vermelhos", conta o oftalmologista Marco Canto.

O problema pode ser evitado ao proteger os olhos com o uso de óculos que absorvam e reflitam os raios solares. A doença degenera a conjuntiva(membrana mucosa que forra a parte anterior do globo ocular ligando-o às pálpebras e forrando-lhes a face interna até seus bordos) e cresce sobre a córnea, provocando distorção da visão. "Nos casos mais graves os pacientes podem desenvolver astigmatismo e fotofobia", explica Dr. Canto. A predisposição genética está relacionada às incidências, entretanto, avisa o médico, fatores como sol, vento e poeira facilitam o desenvolvimento da doença.

Nos casos de lesões pequenas, o pterígio pode ser tratado apenas com colírios. A remoção é feita em casos avançados ou por questões estéticas. "Normalmente optamos pela cirurgia quando o paciente sente-se incomodado pela aparência anormal do olho ou quando há queixa de ardência e desconforto ocular, que não melhoram com o uso do colírio", ressalta. Dr. Canto e explica que a cirurgia também é recomendada em casos de alterações na visão, como obstrução do eixo visual devido ao tamanho da lesão ou em casos de grau de astigmatismo provocado pelo pterígio.

Cirurgia

A cirurgia é realizada com a remoção e transplante de conjuntiva de outro local para onde foi retirado o pterígio e demora aproximadamente 30 minutos. Segundo o oftalmologista, a chance de cura pode chegar a 90% dos casos. "Antigamente, fazia-se sem transplante e quase 30% dos pacientes voltavam a ter problema após alguns meses", conta. De acordo com o médico, no transplante utiliza-se parte da conjuntiva do mesmo olho do próprio paciente. "É removida uma camada bem fina e pequena de tecido sadio e colocado na área onde havia o tecido doente", explica.

O médico finaliza dizendo que na cirurgia tradicional são realizados de quatro a oito pontos para fixar o transplante, mas há procedimentos mais modernos. "Existem cirurgias em que são utilizadas colas especiais, sem necessidade de pontos. Entretanto, o custo torna-se mais elevado devido ao material utilizado".

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