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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Estágio pré-diabético pode persistir por anos e chegar à doença


 
O diabete é um dos problemas que mais preocupam as autoridades em saúde pública no mundo todo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, ele é a quarta causa de morte no Brasil e atinge nada menos do que 150 milhões de indivíduos em todo o planeta. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia estima que de 10% a 25% dos ocidentais apresentam o pré-diabete. Quem tem mais de 45 anos, episódios do problema na família e está acima do peso precisa se cuidar mesmo ainda mais se já tiver desenvolvido o que hoje se chama de pré-diabete. O nome deixa claro do que se trata: uma condição em que o indivíduo está muito próximo de se tornar um diabético do tipo 2. 

Mas nesse caso, estar próximo não quer dizer que o sujeito já está condenado a desenvolver a complicada doença. O estágio de pré-diabete é reversível. Apesar disso, o pré-diabete é perigoso em si: pode matar alguém do coração antes mesmo de esse sujeito ficar diabético pra valer. Portanto, a prevenção é palavra de ordem para evitar as sérias complicações dessa doença. E quando se fala em prevenção basta ter uma vida saudável, o que requer boa alimentação e exercícios físicos. 

O diagnóstico do pré-diabete é que representa o grande problema, já que até mesmo o diabete pode não manifestar sintomas claros. O jeito é atentar para o fator de risco. Um único deles já é o suficiente para acender a lâmpada amarela: estar muito acima do peso (principalmente), ser sedentário, ter mais de 45 anos, colesterol alto, hipertensão, ovário policístico ou diabete gestacional. É importante observar esses detalhes, já que todo diabético tipo 2 foi pré-diabético um dia. 

A confirmação pode chegar por meio de dois exames feitos a partir de uma amostra de sangue: dosagem da taxa de glicose de jejum e análise da tolerância ao açúcar. No primeiro, se a taxa estiver entre 100 e 126mg/dl, uma faixa entre o saudável e o diabete, o paciente deve ser submetido ao segundo exame. Na análise da tolerância ao açúcar é observado como o organismo reage nas primeiras duas horas à ingestão de um alimento com muito carboidrato. Se passado esse período a glicose sanguínea insistir em ficar entre 140 e 200 miligramas por decilitro, o indivíduo é considerado pré-diabético. Em outras palavras, a insulina produzida pelo pâncreas não está dando conta de mandar o açúcar para dentro das células como deveria. 

Mas o pré-diabete não é uma doença e tomar medicamentos contra o diabete nessa fase preliminar não surte efeito. O jeito é investir em uma alimentação equilibrada, já que o pré-diabético costuma ingerir algum nutriente em excesso, seja carboidrato, proteína ou gordura. Em relação à atividade física, o recomendado é praticar de 20 a 30 minutos diários de exercícios aeróbicos como corrida, caminhada ou natação, que ajudam a queimar gordura e melhoram a captação de glicose pelo organismo.

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